segunda-feira, 15 de março de 2010

O momento agora, para nós (alunos do STBSB) é tenso. Desde que cheguei, em janeiro de 2009, ouço sobre o possível decreto de falência desta querida “casa de profetas”. Confesso que este termo me sinaliza exageros e abusos de poder, me lembram pessoas que por acharem saber o que Deus pensa e por ter a palavra de Deus em suas mãos, falam, pregam e discursam doutrinas tais que (suponho, pois não tenho certeza) mais aprisionam o homem numa racionalização das experiências contidas na Bíblia do que o impulsionam a um relacionamento pessoal e mais profundo com Deus.

Não importa, o essencial é invisível para os olhos, como disse Antoine Saint-Exúpery, assim, o que ainda não podemos ver: a dívida sanada, os professores (todos os funcionários) devidamente pagos e todos os reparos e manutenções da infra-estrutura dos alojamentos, dos prédios das aulas, da capela e da biblioteca efetuadas, é o mais importante para se acreditar.

É preciso ter fé! Acreditar não apenas na sobrevivência do Seminário, como também, no seu novo nascimento, é crer no Sobrenatural, como alguns dizem, é entregar-se ao romance e vedar os olhos da realidade.

Discordo, a realidade também pode ser uma ilusão óptica.

Para uma melhor compreensão, assista ao vídeo abaixo ou entre no blog do seminário: Blog: http://euamooseminariodosul.blogspot.com/

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=vQAxDcvznRQ

Um comentário:

Thiago Barbosa disse...

cara amiga,
temo não ter o romantismo do teu olhar nem a delicadeza das tuas palavras, mas aqui seremos finalmente homens. Não sei se vc se lembra quando eu disse que o homem é um amontoado de cicatrizes. Aqui nesta colina está claro que todos teremos nossas marcas, alguns mais profundas e inesquecíveis, outros meros e simplórios arranhões, porém, todos marcados, todos cicatrizados...

Aqui sim é a verdadeira casa de profetas, afinal, na colina, vemos o jogo político do poder assenhorar-se das almas e aqui podemos ou não nos posicionar sobre a luta contrária às que comem os ossos do povo como sse fosse pão, ou ainda olharmos e pensarmos ser tudo isso uma luta entre anjos e demônios.

Não há anjos, nem tampouco demônios, resta apenas homens que detêm a força do discurso religioso e manipulam o povo e há os que descobrem as reais regras do jogo e querem libertar o povo do cativeiro dialético.

Resta a pergunta: O povo quer liberdade?