sábado, 6 de março de 2010

Indefinição?

Quem sou eu? Eis a questão, não sou, eu estou assim mais convicta de uma peculiar vocação: VIVER! Para mim, viver é sonhar, permitir-se sonhar de modo que se torne realidade.

Estou assim, com muitos sonhos e desejos.

Quero permanecer admirando-me com os músicos, com este dom tão especial de musicalizar seus sentimentos, seus pensamentos e o reflexo do meio ambiente que está inserido. Harmoniosamente mesclam notas contidas também na natureza que com seus mistérios permanece bela e formosa refletindo um ser superior. Diversos ritmos, velocidades, ora lento, porém ansioso, assim como uma criança as vésperas de seu aniversário; ora rápido como um empresário e pai de família ou um operário industrial.


Quero, também, aprender (e continuar aprendendo a partir do que já sei) a amar. Amar minha família, meus amigos, pessoas próximas a mim, também aquelas mais distantes com pouco contato, mesmo com os "poréns" e "entretantos" motivos para eu me chatear.


Quero levar vida e esperança aos oprimidos e fatigados. Como?
Dizer que não sei é falsidade, eu sei que simplesmente não ser da classe dominante (refiro-me politicamente e ideologicamente, não financeiramente=) já é fazer o bem ao outro, já promovo (indiretamente) esperanças, porque ao posicionar-me a favor da classe menos favorecida- a minha- já os ajudo.


Quero mais literatura, ela é a arte de escrever e de expressar a vivência, mesmo que imaginária de diversos mundos. Certo? Não, não completamente. Sei que os livros e o tão querido dicionário definiriam de forma diferente a Literáture.

Mas que importa?

Eu quero mais que saber sobre literatura, mais que forçar pessoas a memorizarem livros e seus conteúdos e a respectiva biografia de seus autores. Ou seja, quero produzir literatura (de qualidade), se não conseguir, por falta de talento, uns diriam falta de sorte, outros que não foi a vontade de Deus, outros ainda diriam que foi eu quem não soube aproveitar minhas reais aptidões, não tinha sido para isso que eu nasci.


Enfim, se não tornar-me uma mulher que pensa, que reflete sobre temas importantes tanto na comunidade eclesiástica, como na comunidade 'secular'. Se não conseguir despertar leitores a partir de meus pensamentos, criatividade, relatos de histórias e mundos...

... Não sei, não sei o que serei, imagino que nada seria se não fossem estes sonhos que constroem o meu ser. Acredito que são inspirações divinas. Estou numa faculdade teológica, vim ano passado (2009) disposta a tudo, a ir para qualquer lugar, menos a uma igreja que não tivesse visão do reino, que não fosse missionária, que não amasse as pessoas ao redor delas, menos uma igreja que fosse mais institucional e movida pelo sistema do que movida pelo amor, e de maneira mística pelo Santo Espírito. Mas hoje, mesmo num seminário, tendo uma formação acadêmica e ministerial (voltada a missões), não paro de pensar na educação, na arte de escrever e levar as pessoas a encontros com diversos mundos, inclusive inspirando encontros com Deus.


Não sei, não tenho a absoluta certeza se esta é a vontade de Deus, como muitos me aconselham a buscar e não os meus sonhos, mas enquanto não recebo um NÃO de Deus vou continuar trabalhando para que meus sonhos tornem-se realidade. E estou no caminho, muitos já se concretizaram e com a realização, outros surgem e assim, infinitamente, pretendo sonhar e viver. Pois para mim, Sonhar é viver! Logo, quem sou eu? Sonho? Sim, sou sonhadora, mas ainda não sou nada, além disso, apenas estou assim, hoje como seminarista, amanhã, serei bacharel e missionária ou outra coisa mais tarde ainda. “Não nasci pronta, estou em construção”.

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