sábado, 21 de maio de 2011

Personificação da Teologia e da Literatura numa tentativa de ilustrar um diálogo interdisicplinar

Afim de compreender a respeito da definição de Teopoética, lendo um trabalho recentemente elaborado por um aluno do seminário, destaco o seguinte trecho sobre a relação Teologia e Literatura:



As duas têm a mesma idade, nasceram na mesma época, a poesia era a alma dos ritos religiosos. Com o tempo, a teologia foi se transformando numa senhora sisuda, muito respeitável, uma velhinha que não tira nunca o véu da cabeça, enquanto a outra parece mais jovem, irreverente, a louca da casa, de reputação às vezes duvidosa, e é claro que isso acabou por criar um certo conflito ou uma certa desconfiança entre as duas.



Engraçado, não?! E como de praxe questiono: por quê? Por que a Teologia teve que assumir esta personna de uma antiga senhora e sisuda, parece até que ele tenta descrever uma viúva, não? Acredito que sim, a Teologia sem a linguagem do coração, sem a poesia da alma torna-se fechada, antiga, não se renova e sem o adaptar-se ao renovo tende a morrer logo, cansada e doente pelo seu próprio sistema que de tanto fundamentado a fulminou.

E surgiu um poema, a partir destas reflexões, Oração à mademoiselle Ema:



http://theopoetique.blogspot.com/2010/05/oracao-mademoiselle-ema.html

Um comentário:

Marcos Fellipe disse...

Olá Priscila, Muito bommmm!!! Seu colega tem razâo, os antigos usavam a poesia para falar de Deus. Continuando a fabula, acredito que a teologia se casou muito cedo, por isso tomou essa face séria e sisuda, se casou com o Senhor Poder... Estou ansioso para ver o resultado de suas investigações!!!Xero!!